sábado, 31 de dezembro de 2011

Atraente mulher!

Gosto de vê-la


Gosto de vê-la, moça, sempre bela
Sempre robusta, altiva, encantadora
Atraente mulher! gosto de vê-la
Com sua graça assaz provocadora.

Gosto de vê-la, pois nos olhos dela
Há uma centelha viva, tentadora
Da qual me cabe atônita parcela
Causticante, cruel, abrasadora.

Gosto de vê-la, ouví-la, contemplá-la
Sonhar com ela, sempre desejá-la
Num impulso de amor leal e franco.

Gosto de vê-la em seus raros passeios
À brisa louca que lhe afaga os seios
Escondidos no seu vestido branco.


Autor: Miguel Erasmo. Fonte: A Saga da Poesia Sobrevivente-Genildo Costa(Organizador). Editora: Queima Bucha/2010-Mossoró/RN. Pág. 67.


Assim, desejo muita Paz, Sucesso, Felicidades, e muita Esperança, pois sem ela não continuamos na caminhada.


Que venha 2012!

domingo, 18 de dezembro de 2011

Instrumento da justiça!

" Não há advogado sem liberdade e não há liberdade sem advogado. O princípio não admite nenhuma transigência. "

Raymundo Faoro.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Dia Internacional dos Direitos Humanos!

Em 1948, o pós-guerra era uma realidade, mesmo que por vias transversas nascia um outro mundo, não somente dividido, mas polarizado por interesses e concepções de mundo e de sociedade bastantes distintas: o capitalismo e o socialismo. 

O capitalismo que tencionava o mundo para se continuar a exploração e dominação do homem pelo homem, valorizando o capital em detrimento do trabalho, e como consequência subordinando a qualidade de vida e o meio ambiente aos interesses da exploração desenfreada, comprometendo assim o desenvolvimento sustentável e a própria continuidade da espécie humana no planeta terra, o que se apresenta hoje como pauta permanente e objeto de preocupação da maioria da sociedade planetária.

O resultado da 2ª Guerra é a consolidação de um novo bloco de forças políticas e sociais, com largo prestígio do Partido Comunista, força destacada na derrota do Nazi-fascismo e de forte esperança para os povos que lutavam pela independência das colônias mundo afora. Foi forte fator de inspiração que levou novos povos a novas lutas e conquistas libertárias. O socialismo agora testado em outra frente de luta (a Guerra), demonstra para o mundo a sua superioridade. É vencedor também na arte da guerra, em que pese o acentuado número de mortes produzidos pela carnificina da besta fera capitalista: a Alemanha e seus aliados.


Defesa das liberdades

Sob o comando e a hegemonia dos Comunistas, os direitos e garantias sociais nascem e se consolidam com a Revolução Bolchevique de 1917 na Rússia e se espraiam por todo o mundo, os resultados da 2ª Guerra Mundial também produzem reflexos num outro aspecto importante da luta política e social, aqui compreendendo os Direitos Humanos como algo fundamental a ser garantido e respeitado na ordem mundial que emerge polarizada com as forças do atraso (capitalismo) e das forças da mudança e da concertação social-humana-desenvolvimentista(Socialismo). A isso se convencionou chamar de Guerra Fria. O mundo estava literalmente dividido em dois blocos de forças. A bipolarização conforme terminologia empregada na geopolítica só teve o seu fim, quase 50 anos depois (anos 90 do século XX) com a derrota da primeira experiência da construção do socialismo.

A chamada bipolarização entre União Soviética-Socialista e Estados Unidos-capitalista, produziu ao longo de quase meio século um equilíbrio de forças que repercutiu positivamente na vida das sociedades do pós-guerra.

Dentre as novas conquistas, registre-se a Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada em forma de Resolução pela Organização das Nações Unidas-ONU, em 10 de dezembro de 1948.

O documento aprovado pela ONU, passa a ser uma baliza referenciadora da nova realidade e dos novos direitos, priorizando as HUMANIDADES, demonstrando uma nova agenda de compromissos formais da comunidade internacional com a vida e com a dignidade Humana.

Com o advento da Declaração, vários foram os regramentos jurídicos e constitucionais influenciados pela nova resolução. O Brasil ao promulgar sua Constituição em outubro de 1988, reflete o sentimento de incorporação dos valores humanos constantes da Declaração Universal, afirmando expressamente em seu preâmbulo e no inciso III, do artigo 1º o compromisso com o fundamento do respeito a dignidade da pessoa humana.

O artigo XXII da Declaração, afirma taxativamente: " Todo homem como membro da sociedade, tem direito à segurança social, e à realização pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade."


Direitos Humanos e Comissão da Verdade

O Brasil precisa avançar na efetivação e consolidação dos direitos humanos, Governo-Sociedade e Estado precisam assumir maiores compromissos com esta agenda. Em dias recentes, a criação da Comissão da Verdade é uma manifestação concreta que precisa ser bem trabalhada no conjunto da sociedade, como sendo uma expressão de uma conquista relevante para a nossa cidadania. A Comissão é uma conquista política e, que pode ter papel pedagógico para o convívio com as diferenças, e poderá ter efeito inibidor de novas violências e violações.


Desenvolvimento e Direitos Humanos

A quadra atual é de bastante compressão aos direitos econômicos e sociais, principalmente no chamado Velho Mundo- a Europa capitalista, que se arde em chamas de crises, atingindo com suas labaredas ardentes de lucros os trabalhadores, as mulheres e em especial a juventude, comprometendo a qualidade de vida e a própria estabilidade do mundo, tangendo o mundo para um ambiente de crescente xenofobia. O que contradita com o forte apelo e propaganda de um mundo que caminhava para a paz com o fim da chamada Guerra Fria.

Mas o mundo não é somente dos capitalistas, o mundo vem conhecendo outras experiências, ainda que não sejam majoritárias, mas que que apontam noutro rumo, o Brasil busca nas suas dificuldades se afirmar como um pólo diferente, buscando na agenda do desenvolvimento alternativas para enfrentar a crise e superar as dificuldades impostas pela agenda restritiva das economias dominantes. Em se tratando de bom exemplo, aqui a China Popular pode ser considerada um referência de qualidades elevadas. Inspirada nas idéias do socialismo busca construir a sua experiência própria, mesmo em um mundo de adversidades.

Consagrar os direitos humanos como uma conquista é um desafio de grandes proporções, e nela se insere o Brasil que para alcançar tal patamar de civilidade necessita urgentemente incorporar no seu fazer de Estado Nacional a implementação de Um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento, assegurando geração de emprego e renda, sustentabilidade, ciência e tecnologia de ponta, educação de qualidade e universalizante, saúde pública de amplo acesso, reforma agrária e urbana, soberania, amplas liberdades democráticas e integração latino-americana e na comunidade internacional.


Assim é que imagino ser os Direitos Humanos. Possível e ao mesmo tempo viável.


Parabéns aos homens e mulheres desta tão espinhosa luta política e social que se manifesta em solo pátrio e floresce no mundo inteiro.






sábado, 3 de dezembro de 2011

Mulheres do Brasil - 34ª

Mulheres que contribuíram para a formação e o desenvolvimento do Brasil.



Marcelina da Silva ( ? - 1885) Ialorixá (mãe de santo).


Baiana, segunda ialorixá a dirigir o terreiro Ilê Iá Nassô, o mais antigo terreiro de origem nagô-quêto a funcionar regularmente no Brasil.

Filha de santo e parente consanguínea de Iá Nassô, Marcelina (Obá Tossi) acompanhou-a numa viagem à África, onde Iá Nassô veio a falecer. Nesta viagem aprofundou seus conhecimentos religiosos e trouxe consigo importantes objetos de cultos africanos necessários às cerimônias. Ao regressar e suceder a primeira mãe-de-santo de terreiro, Obá Tossi consolidou a liderança feminina da casa.  Sofreu perseguições em uma época em que o exercício do culto era reprimido e as sacerdotisa e sacerdotes, bem como os fiéis, eram constantemente ameaçados. Somente fortes personalidades conseguiram manter os templos e seu prestígio, contornando os invitáveis conflitos dinásticos, entre outros.

Marcelina é bisavó de Maria Bibiana do Espírito Santo, Mãe Senhora, que foi a maior autoridade do culto nagô em sua época. Sua morte, em 27 de de junho de 1835, acirrou definitivamente as grandes disputas entre as prováveis sucessoras, provocando a saída de duas grandes ialorixás: Maria Júlia da Conceição Nazaré, que fundou o terreiro do Gantois, e, e anos mais tarde, Eugênia Ana dos Santos, mais conhecida como Mãe Aninha, que fundou o terreiro do Ilê Axé Opô Afonjá.

Uma das sucessoras de Obá Tossi mais lembradas é Maximiana da Conceição, Tia Massi, que liderou por vários anos o terreiro, já chamado de Engenho Velho, e que em homenagem ao seu orixá o nome de Casa Branca do Engenho Velho.

Após imenso esforço, esse templo religioso afro-brasileiro foi tombado no começo dos anos 80 e faz parte do Patrimônio Histórico Nacional.


Fonte: Cléo Martins e Raul Lody (orgs,), Faraimará, o caçador traz alegria: Mãe Etella, 60 anos de iniciação; Monique Augras, O duplo e a metamorfose - a identidade mítica em comunidades nagô; Pierre Verger, Artigos.

sábado, 26 de novembro de 2011

Homenagem ao camarada Mário Lago!

Uma homenagem ao camarada Pádua.


100 anos de nascimento de Mário Lago.

Pádua foi o codinome escolhido pelo ator Mário Lago na sua militância comunista. Uma decisão que lhe rendeu sete prisões: a primeira em 1932 e a última em 1969, no ano seguinte ao AI-5.


Nascido no Rio de Janeiro em 26 de novembro de 1911 Mário foi ainda compositor, letrista, ator, poeta, radialista e advogado. Para nós, sempre será o inesquecível "camarada Pádua".


O mundo será feliz.
Quando em vez de dizer eu,
quando em vez de dizer meu,
os homens disseram nós,
os homens disseram nosso."

Mário Lago(pequenos poemas de grande certeza).


Uma publicação do Mandato do vereador George Câmara(www.georgecamara.com.br) PCdoB-Natal/RN, em homenagem ao também comunista Mário Lago.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Zumbi dos Palmares e o sentimento imaterial da liberdade!

 O nosso rei continua vivo

Estudar a história é antes de tudo conviver com fatos e opiniões diversas e de regra divergentes, assim não poderia deixar de ser o exame da contribuição de Zumbi dos Palmares e a sua existência enquanto personagem de um período de nossa construção histórica pouco registrada pela historiografia oficial do poder de Estado, seja em qualquer uma de suas fases: Colônia, Império e República.


Pacto ofensivo a dignidade humana

Na construção de nosso país, notadamente após a posse violenta dos portugueses do solo pátrio, aqui se estabeleceu um parâmetro ditado pelas regras dos interesses econômicos e da afirmação de um grupo étnico sobre outro, uma minoria branca pelas vias da força, da opressão e da complacência dos reinados e religiões  estabeleceram um  pacto ofensivo a dignidade humana, mas de natureza bastante lucrativa. A escravidão era assim fonte de renda e também de deleite. Tudo legitimado pela ordem institucionalizada pela minoria e aceita  sem maiores resistências dos detentores do poder, notadamente político e religioso.

Assim foi também no Brasil, a saída para colocar o país em movimento de consolidação do espaço territorial ocupado passava necessariamente pela presença humana, não só dos "conquistadores", mas também dos conquistados e oprimidos desterrados de outro continente, no caso o escolhido foi o africano. Considerando que naquele espaço territorial do continente era grande a população negra, de clima assemelhado e relativamente próximo ao calvário da exploração: O Brasil, que assim também seria explorada pelas elites portuguesas, decorrentes todos de um continente civilizado e branco, nada mais, nada menos que o referenciado Velho Mundo-a Europa, conhecida pela sua "culta e próspera" civilização.

A consolidação do domínio territorial já contou também com a participação efetiva dos negros e negras aqui aportados, que além do trabalho, produziram outros seres capazes de cimentar uma nação com características bem definidas e próprias de algo que seria e que passa a ser cobiça de um outro tipo, no limiar do século XXI.

A riqueza que foi sendo produzida, também criou sentimento aguçado de revoltas e desejos ardentes de liberdade. Não só as cicatrizes da violência física produzidas pelos chicotes dos feitores, mas a busca por espaço e vida em liberdade, moveu os negros na esperança de encontrar uma saída, mesmo que em forma de fuga capaz de demonstrar a insatisfação e a revolta com o modelo adotado pelas elites e abençoado pelas divindades imperantes do catolicismo romano.


Os negros no calvário da escravidão

Os negros na sua resistência, enfrentavam duas poderosas estruturas, o poder econômico da força política colonial, expressa nos senhores de engenho e a presença da igreja católica como braço da espiritualidade escravista das almas que penavam por liberdade.

O Deus dos Brancos, nesta circunstâncias não poderia ser o Deus dos Negros, uma minoria branca caminhava no sentido de legitimar o purgatório a que os negros estavam submetidos, sem Deus esta tarefa não tinha como se completar, só a divindade era capaz de apacentar almas tão sofridas pela exclusão e pela exploração física e mental.

Não é preciso nenhum laboratório para aquilatar a dor física dos negros açoitados, é perfeitamente compreensivo o seu retorcer e gemidos ao se encontrarem pendurados ao tronco, e solenemente violentados pela chibata do feitor no seu melhor estilo de truculência.


A dor da saudade

É possível, que não se tenha noção da dor da saudade, das lembranças e dos sonhos de viver em liberdade em sua terra natal, ao som do canto dos pássaros, dos ventos entrecortantes das matas e das águas que em forma de cachoeira desenhavam um véu branco  e comprido, como o vestido da noiva desejada que desliza nos paços longos e firmes do encontro da felicidade propiciada pelo encantamento do amor. Os negros tiveram a sua alma ferida, sem nenhuma possibilidade de cura. Por assim dizer, uma dor insuperável, sem qualquer possibilidade de saramento.

Macacos foi a cidade, o espaço rural em que aflorou a resistência e uma nova oportunidade de vida, aos que foram expatriados e subjugados, criteriosamente escolhida pelos seus idealizadores, considerando a sua geografia, o seu potencial hídrico e a fertilidade de suas terras. Com tais atributos, logo o novo espaço se transformou numa comunidade de novo tipo, integrada, produtiva e fundamentalmente cheia de vida e de esperança. Onde a taxa de natalidade, sempre crescente refletia o bem estar de sua população.


Um legado de Palmares: a agricultura familiar.

Foi neste ambiente em que a agricultura familiar pela primeira vez floresceu e apresentou resultados satisfatórios e condizentes com uma modalidade de vida em sociedade ainda não experimentada pelo regime colonial monocultor e concentrador de terras, originador da concentração da propriedade da terra e do latifúndio moderno, berço da violência campesina, ainda manifesta na República proclamada por Deodoro.

O Poder Colonial era demasiado arrogante e autoritário, não podia conviver com resquícios de liberdade, ou mesmo com qualquer iniciativa que enfrentasse ou contestasse a sua supremacia. Macacos era uma forma defensiva de se viver em paz, mas mesmo assim não seria tolerada, por ser considerado um mau exemplo, e acima de tudo um espaço de fuga e de acolhimento de objetos(negros) pertencentes aos poderosos de então.

Historicamente as classes dominantes só aceitam ou toleram conviver com situações que não lhes colocam em perigo, ou não oferecem qualquer perigo. Ao constatarem que podem perder o controle da situação e o poder de mando, qualquer método poderá ser utilizado como instrumento de enfrentamento dos desafios que os põe em ameaça.

A época de Palmares, o Poder Colonial contratou em regime de Parceria Público Privado(alguns pensam que é coisa da modernidade, coitados!) o competente carniceiro domingos Jorge Velho, para comandar uma  força armada e recrutada ao estilo das milícias da favela da Rocinha. A única diferença é que as forças de Domingos não obedeciam ao calendário da civilidade, pouco praticada naquela oportunidade de confronto.

Hoje, não teria dúvidas que o Poder Colonial contrataria e teria amplo apoio dos meios de comunicação dominantes, todos estariam a favor da escravidão e apresentado os mais diferentes argumentos que convergiam no sentido da manutenção da ordem repressora, assim como fizeram em outros momentos de nossa história.


Na Serra da Barriga, gestou-se a liberdade.

Temperados na luta, os negros da Serra da Barriga, fizeram de Palmares um referencial de resistência as atrocidades do Poder Colonial, tendo em Zumbi não somente um combatente, mas um líder preparado na escola do combate ao escravismo e do enfrentamento a continuidade da escravidão como instituição permanente da Colônia.

Em 1695, Zumbi contava apenas 40 anos, mas já era Rei, líder de um povo ansioso por liberdade, que enfrentava a escravidão e o seu regime com os meios e instrumentos da época, nas suas diversas formas de luta.

Quase dois séculos depois(193 anos), apenas em 1888, o instituto da escravidão sepultado, mas a putrefação decorrente de sua existência não. A escravidão fora derrotada, mas os detentores do poder não. Logo se transmutaram em republicanos, não por convicção, mas por repreensão ao Império, que julgaram benevolente com a edição da prefalada Lei Áurea. Tudo parece ser uma forma de vingança destinada ao Imperador enfermo e a uma princesa desavisada da consequência do ato que praticara sem mérito e sem convicção.


Uma luta antiga, mas atual.

A Consciência Negra consagrada neste 20 de novembro, nada mais é do que uma homenagem, um reconhecimento do papel protagonista de uma etnia negra comprometida com a liberdade, o direito de viver em paz, de produzir, de amar, de sonhar e de construir caminhos diferentes da opressão, firmados na dignidade humana e na prevalência do trabalho como meio vivente da espécie humana em interação com a natureza viva e em permanente mutação.

Por tudo, é possível e até mesmo previsível afirmar que Zumbi e seus guerreiros estariam todos postados e em pleno movimento pela construção de um novo país, uma nova pátria socialista, de plena liberdade e abundância, inclusive de vidas e de sonhos.

O Brasil que buscamos construir com Reforma Agrária, casa própria/cidades mais humanas, geração de emprego e renda, escola pública de qualidade, saúde universalizada e pública, soberania, integração colaborativa, sustentabilidade ambiental, segurança alimentar, respeito as individualidades em um mundo coletivo, prosperidade cultural e material, valorização da espiritualidade e do bem querer.


Nossas homenagens as mulheres e homens, negros e negras, brancos, taiocas, pardos amarelos, ruivos, gazos, furta cor e tantos outros inominados, incolores e invisíveis que com o trabalho, a luta, a generosidade, o suor e o sangue derramado construíram esta beleza de nação chamada Brasil.


Zumbi está presente. Continuará vivo em nossas memórias!


Á luta!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

República de Trabalhadores: anseio da construção democrática!

" A obra renovadora da Abolição foi completada em 1889 pela República, um antigo anseio da construção democrática do Brasil. A República ficou, depois de muita luta, sob o domínio das forças conservadoras, frustando o programa republicano mais avançado, que concebia o Estado como instrumento para promover a democracia, a integração nacional, o desenvolvimento, a distribuição de terras e a afirmação da soberania nacional ."

Este é literalmente o item 07 do Programa Socialista para o Brasil apresentado pelo Partido Comunista do Brasil-PCdoB, aprovado em seu 12º Congresso, novembro de 2009, São paulo/SP.


Mesmo sendo mais avançada que a Monarquia, a República se fez instrumento de mudanças significativas na estrutura da jovem nação brasileira, trouxe consigo as mazelas de séculos do poder colonial e imperial, mas também ensejou esperanças, abrindo perspectivas inovadoras na forma de ocupação dos espaços políticos e da representação daquilo que deveria ser o poder de Estado.

Com o advento da República, não caiu somente a Monarquia imperial, mas também a incestuosidade da Igreja Católica e sua influência  romana de ocupação direta de espaços materiais e espirituais na sociedade, dando lugar a um laicidade ainda violentada com as repartições públicas impestiadas de símbolos e referências que não tem nada a ver com a natureza republicana e laica do poder proclamado por Deodoro e consolidado pelo Grande brasileiro das Alagoas, o Marechal Floriano Peixoto.

Em pouco mais de 120 anos de República, a nossa pátria por diversas vezes foi violentada, sem no entanto, perder a esperança de erigir uma nação livre e soberana, o que se constitui num resgate de sua luta original. Em nome da república, e pela República muitos patriotas tombaram sem ter se quer um minuto de silêncio reconhecido pelo poder  que ainda se encontra concentrado nas mãos e sob o controle de uma minoria quantitativa expropriadora.

As ditaduras cumpriram seus papeis em diversos momento de nossa história, de regra estiveram a serviço das classes dominantes, conservando o poder da minoria e estigmatizando os que se propõem a alterar a ordem do poder republicano. Tudo pode, menos atentar contra a ordem capitalista e dominante estabelecida pelos valores da república.

Zumbi dos Palmares (Colônia), Antonio Conselheiro (Canudos) e Osvaldão (Guerrilha do Araguaia), são momentos diversos de uma natureza repressora de uma mesma elite que se manifesta em períodos diferentes de nossa trajetória histórica. De uma coisa fiquemos certos: as elites são impiedosas, e até o momento bastante competentes na manutenção do poder de Estado, inclusive ostentando um forte viés democrático, tudo em nome da democracia. Legitimados pelos seus instrumentos e serviçais da obra do capital.

Um poder que não serve

O poder republicano tal qual existe serve, mas apenas para resolver e solucionar  os interesses e a vida de poucos. A maioria construtora vive sem abrigo, inclusive, com a esperança comprometida  e corroída pelas crises sistêmicas do capitalismo, base de sustentação e molde de nossa república.

Ainda  temos mais de 16 milhões de miseráveis em solo pátrio, enfermos, analfabetos e sem terras, pois a Reforma Agrária não se se converteu em realidade, e foi confundida com projetos de assentamentos e colonização, que distribui terras, mas não alterou a estrutura fundiária do país. Registre-se, que algumas alterações foram observadas em quase todos os sentidos de nossa existência ao longo destes 500 anos, mas a única coisa que não se mexeu, foi exatamente a terra, permanece concentrada e intacta como aqui encontrou Cabral e sua nau aportada na terra de todos os santos.


Modelo de República

O grande Rui Barbosa, natural da Terra de Todos os Santos, jurista de reconhecido saber, mesmo não tendo os instrumentos da informática tão comuns e ainda restritivos na atualidade, que lhe possibilitasse um control "V" e um control "C", copiou dos Estados Unidos da América de forma talentosa o modelo de Federação que amoldou a nossa república como instituição, diria: tão boa que ainda resiste.

Mas não foi fácil consolidá-la (República), dentre os esforços despendidos por tantos ilustres, coube ao Marechal Floriano Peixoto torna-la irreversível, inclusive para chegar ao posto de Presidente teve até uma mãozinha de um influente jurista potiguar, de Jardim de Piranhas, a época pertencente a Caicó - Amaro Cavalcante, que de dentro da Corte fez valer a sua influência com o peso da Toga que invergava. Ainda hoje, tal influência se faz sentir em nossas decisões e Cortes de Justiça.

A atitude de Amaro Cavalcante se justifica pelo espírito republicano despreendido.


Uma outra República é possível

A sociedade brasileira é dividida e em luta de classes permanente, na dúvida ou discordância consulte a história, mesmo os manuais conservadores não negam a sua realidade construída ao longo dos tempos e das refregas motivadas por interesses diversos, diferentes e fundamentalmente contraditórios.

Não há dúvidas de que já obtivemos muitas conquistas e avanços em relação ao ambiente de atraso da Colônia, do Império, da própria República e até mesmo nas suas manifestações mais nocivas como as ditaduras, sejam do tipo civil ou militar, que foram recheadas de períodos de excessão. Foi politicamente oportuno e justo todo tipo de enfrentamento para reverter e afastar os entulhos autoritários contrários aos interesses da maioria.

Acumular forças nesta trajetória é o desafio maior e mais qualificado, buscar uma República de Trabalhadores, que tenha outro modelo de sociedade é um desafio da contemporaneidade. Construir um novo poder, de caráter e natureza Socialista, pois o poder desta República é de natureza capitalista, e como tal não serve aos propósitos de emancipação social do nosso povo. Deve ser considerada apenas como uma ponte, portanto, de passagem efêmera.

Até o momento por mais conquistas que obtivemos, não conseguimos e nem estamos perto de conseguir qualquer alteração nas estruturas de Poder da República. As Forças Armadas, Os Tribunais, os Meios de Comunicação e o próprio sistema de representação do povo. Tudo é feito e existe para que a República continue respeitando e preservando a essência da república nascida aos 15 de novembro de 1889.

Não queremos somente superar os entraves desta república, que aliás são muitos, queremos sim, substituí-la, instaurar um novo modelo de vida em sociedade, sem control "V" e sem control "C", pensada, construída e desenvolvida em conformidade com a nossa experiência e nosso talento, e que seja fruto da nossa cultura, do trabalho coletivo e da apropriação social dos frutos e das riquezas construídas pelo povo.

Mas isso não é fácil, nem tampouco tarefa a ser realizada por qualquer um de forma isolada, é preciso elaboração e construção coletiva, acumulação de forças, preparo e conhecimento da realidade. Conjugando-se com paciência e firmeza.

Penso que tal objetivo deve ser pensamento cotidiano da ação e da prática do Partido Comunista do Brasil, que em breve contará com 90 anos de luta em defesa de um Brasil Livre, Soberano, integrado, Solidário, Próspero, Desenvolvido e Ambientalmente Sustentável.


Este é um objetivo possível de ser alcançado, inclusive com sucesso, resta saber o tempo que levaremos.



Que viva uma nova República!



quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Que saudade!

" Que a saudade é o pior tormento, é pior do que o esquecimento, é pior do que se entrevar. "


Chico Buarque-Cantor e Compositor.


E Vc já se entrevou alguma vez?

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Aldo Rebelo: homem de Estado.

" Experiente, qualificado, sério, líder reconhecido, homem de estado e defensor corajoso de opiniões fortes dos interesses nacionais".

Em seu pronunciamento Dilma fez elogios ao PCdoB, dizendo que preserva o apoio que considera fundamental. Disse que nos últimos nove anos, o PCdoB foi parceiro leal e relevante no projeto de desenvolvimento baseado na democracia, na afirmação soberana do Brasil e crescimento com distribuição de renda e inclusão social.

A presidente Dilma atribuiu ao ex-ministro Orlando Silva, "um excelente trabalho, do qual sou testemunha como ministra e agora como presidente da República, de inclusão social e ampliação de oportunidade através do esporte". Disse inda que ele " Não perde meu respeito e desejo sucesso na sua cruzada pela verdade."

Palavras da presidente Dilma Roussef por ocasião da posse de Aldo Rebelo como Ministro do Esporte. Brasília/DF, 31 de outubro de 2011.


Coerentes e necessárias as palavras e o gesto da presidente.


Na luta!

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Espíritos cruéis e mesquinhos!

Não censurar os outros.

" Há homens implacáveis que fazem de tudo um crime, não por paixão, mas devido ao próprio temperamento. Condenam a todos, alguns pelo que fizeram, outros pelos que deixaram de fazer. Trata-se de espíritos mais que cruéis, realmente mesquinhos. Criticam os outros com tal exagero que fazem de um cisco um motivo para arrancar os olhos. São como feitores, que podem  transformar um paraíso num inferno. Quando dominados pela paixão, levam tudo a extremos. Ao contrário, para os ingênuos há sempre desculpas. Insistem em que os outros tinham boas intenções ou erraram inadvertidamente."


Da Arte da Sabedoria(Baltazar Gracián).


Reflexão bastante apropriada ao momento em que nos confrontamos com mais uma onda golpista e conservadora de parte da imprensa aliada as forças de direita da política brasileira. Tentam a todo custo associar o governo da presidente Dilma Roussef a imagem da corrupção, caso mais recente foi a onda de denúncias sem provas contra o ex-ministro do Esporte Orlando Silva e o seu partido, o PCdoB. O desafio está colocado, resistir as iniciativas golpistas e fortalecer o Projeto Nacional de Desenvolvimento, tendo o governo de Dilma como o elo mais avançado desta disputa.

Uma coisa é verdade: as nossas elites tem vocação e espírito golpista, detentoras de um cinismo exacerbado.
Mantém uma tradição de mais de 500 anos, não afastando-se de sua origem, que é a insistência permanente contra o Brasil e os interesses mais legítimos do Povo brasileiro, tudo fizeram e continuam a fazer para dominar o país e escravizar o nosso povo.

Nossa Solidariedade aos que continuam a lutar contra o crime organizado das elites, que se encastelam na imprensa para ferir a honra e a dignidade dos Patriotas e da Nação brasileira. Até o crime organizado tem suas regras e códigos de conduta, algo no entanto, sem limites para a direita brasileira e o seu aliado mais importante nesta fase-a imprensa, de convicção golpista e de interesse venal, como é a índole de nossas classes dominantes exploradoras.

Na luta  pela construção de uma Nação próspera, desenvolvida e em defesa do Povo, continua o Partido Comunista em sua trajetória de aproximadamente 90 anos.


Viva o PCdoB, seus lutadores e o Povo brasileiro.

domingo, 2 de outubro de 2011

O único amor!

" Não quero ser o único amor de sua vida, me basta ser o último".


Poesia do Poeta e Escritor Vital Nogueira de Sousa

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O PCdoB, a Independência do Brasil e o Socialismo!

"A Independência foi fruto de um processo cumulativo resultante de lutas, que possibilitou a ruptura em 1822. Ao contrário do que proclama a historiografia oficial, não foi uma doação da metrópole portuguesa, e sim das jornadas populares de Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Pernambuco, e nos campos de batalha em Bahia, Maranhão e Piaui.

O rompimento com a opressão colonial tem raízes nas guerras do século XVII  contra holandeses; na Conjuração Mineira de 1789, que projeta o perfil heroico do alferes Tiradentes; na Conjuração Baiana de 1798. O processo de Independência do Brasil passa pelo episódio de 7 de setembro de 1822, mas vem de muito antes e vai até muito depois, com destaque para o 2 de julho de 1823 da Bahia.

A conquista da autonomia política não significou, porém, a derrota dos setores agromercantis - aliados internos da exploração estrangeira, principalmente a inglesa - que permaneceram à frente da política, da economia e da sociedade.

O projeto autonomista e democrático de José Bonifácio foi deixado de lado e substituído pelo programa dos latifundiários, dos traficantes de escravos e da Casa de Bragança. Isso estimulou heroicas rebeliões de natureza republicana e democrática: a Confederação do Equador no Nordeste: a Cabanagem no Pará: a Balaiada no Maranhão: a Farroupilha no Rio Grande do Sul: a Sabinada na Bahia: a Praeira em Pernambuco, massacradas pelo regime monárquico escravista.

Ao final do Império, objetivamente, a unidade nacional estrava consolidada e o Brasil detentor de um território continental."


É assim, que o Partido Comunista do Brasil aborda em seu Programa Socialista para o Brasil( Item 05),  a Independência  nesta data de 7 setembro, reconhecendo o acúmulo da luta e o protagonismo do Povo Brasileiro na construção de nossa Nação.

O momento de nossa política em solo pátrio é merecedor de aplausos, mas óbvio que não pode ficar somente nesse contentamento, seria muito pouco para quem tem condições de avançar mais, sobretudo no resgate as idéias que inspiraram o nosso patriarca da Independência José Bonifácio, tais como a Reforma Agrária(lenta e ainda muito distante, mesmo sendo uma bandeira reformista), proteção de nossa Florestas(atualmente atualizada com a contribuição do Deputado Federal Aldo Rebelo-PCdoB/SP, em Relatório apresentado ao Congresso Nacional sobre o Novo Código Florestal, bem como a nossa riqueza mineral, objeto de um tratado sobre mineralogia, que quase 200 anos depois ainda continua atualizado em seus propósitos e princípios.

A paciência( política e histórica) exigem firmesa e formação ideológica na construção de um projeto de transformação de modelos de sociedade, não é algo fácil de se tolerar, a impaciência sempre se manifesta, e se apresenta de diversas formas, nem sempre as mais adequadas e oportunas do ponto de vista do tempo da política e de seus acontecimentos na disputa do cotidiano.

Permanentemente o PCdoB vem percorrendo ao longo de quase 90 anos este caminho, com uma marca extraordinária que é a de manter o Socialismo como ideal de transformação, sem mitigar os problemas e desafios da demanda do cotidiano, mantem-se no leito da luta sem afastar-se das margens que limitam as fronteiras dos interesses de classes em nosso país.

Atualizando as suas idéias, expressa um Programa que tem a alma e a cara do Povo Brasileiro. Assim, é o PCdoB que amadurece sua experiência e continua jovem no seu ideário por um Brasil Soberano, Livre, Próspero, Independente, Solidário e Sustentável.

Consolidar espaços conquistados e abrir novos caminhos é o desafio do momento, buscar construir uma correlação de forças políticas e sociais capaz de nos conduzir a um novo patamar: o Socialismo!


Viva o Brasil, Viva José Bonifácio e o Partido Comunista do Brasil/PCdoB!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O Papa e o Jerico!

No início da década de 1980, o motorista baiano Damião Galdino foi protagonista de um episódio que lhe garantiu fama. Criativo, Damião havia equipado um jumento com faróis, freio, buzina e outros itens usados em veículos. Muito católico, resolveu presentear o Papa João Paulo II quando este visitou o Brasil, em 1980. 

Acabou criando um embaraço para o Itamaraty, que não sabia o que fazer com o "Jericar". Três anos depois, cansado de esperar os desembaraços diplomáticos, Damião "do jeque" iniciou uma séria de protestos solitários. Subiu a rampa do Palácio do Planalto com o bicho, escalou o mastro da bandeira nacional e fez até greve de fome.

Além do problema do Jeque Galdino também queria chamar a atenção do mundo para o sofrimento do povo nordestino. Chegou a tentar, sem sucesso, ser eleito para um cargo público. E seu jumento paramentado nunca foi entregue à Santa Sé.


Fonte: Revista de História da Biblioteca Nacional, nº 58/2010.

Sem ser entregue ao Vaticano conforme promessa de Damião, o Santo Padre ficou literalmente privado de ouvir o relincho do animal sagrado que transportou Jesus de Nazaré, ouvindo tão somente os de seus exploradores.


Coitado de Damião!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Pão e água!

" Meu corpo fica saturado de prazer quando tenho pão e água, e "nada pode originar-se do nada ".

Sobre o desafio de produzir com sustentabilidade.


Do professor Eron Bezerra-da UFAM, em artigo publicado na Revista Princípios, nº113/junho e julho de 2011.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Vendo o outro!

" A escola é também o lugar da convivência entre os diferentes em que, pela palavra e não pela violência, se aprende a ir vendo o outro como igual, mesmo que diferente."

Carlos Roberto Jamil Cury-educador e filosofo. Fonte: Revista AeE, nº 14/março/2011.


Tal assertiva para ter resultado, e mais que isso, consequência é preciso mudança de hábitos e atitudes, coisas muito propaladas, mas ainda de pouco uso prático.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

A lei da vida é mudar!

"A velhice não é um fato estático: é o término e o prolongamento de um processo. Em que consiste esse processo? Em outras palavras, que é envelhecer? Esta idéia se acha ligada à de transformação. Mas a vida do embrião, do recém nascido, da criança, constitui uma incessante transformação.

Seremos levados a concluir, como o fizeram alguns, que nossa existência é uma morte lenta? Certamente não. Semelhante paradoxo desconhece a verdade essencial da vida: ela é um sistema instável no qual se perde e se reconquista o equilíbrio a cada instante; a inércia é que é o sinônimo de morte. A lei da vida é mudar."


Da obra: A velhice-a realidade incômoda. Simone de Beauvoir.


E você, obedece qual lei?

sábado, 9 de julho de 2011

Dois donos!

" Cachorro que tem dois donos, termina morrendo de fome".


Dito popular, referenciado por Andrea Gurgel em diálogo recente de nosso encontro. Andrea é arte educadora.


Depois que ouvi tal expressão fiquei pensando na profundidade de declaração tão simples, mas cheia de sabedoria.

E Vc acha que vai morrer de fome?

terça-feira, 5 de julho de 2011

Não fechai os livros!

Como paraninfo, Floriano Cavalcante de Albuquerque(10.12.1895 a 07.10.1973), proferiu discurso na colação de grau da 5ª turma da Faculdade de Direito da Universidade do Rio Grande do Norte, em março de 1964, conhecida como Turma da Paz.


Pelo valor histórico, pelo conteúdo, pela erudição jurídica e também pela atualidade, publico o seguinte fragmento:

" Meus prezados colegas e distintos afilhados:

Estudastes o direito como ciência e ides agora vivê-lo como arte. Aquilo que nas aulas aprendestes tereis de comprovar no foro. E essa passagem à prática é que constitui ofício do advogado e do juíz. Aliás, as cadeiras de direito judiciário civil e penal, com a teoria e a prática do processo, já vos aplainaram o caminho. Estais suficientemente habilitados. E, se nalgumas demandas não se fizer necessário indagar como a ciência e a filosofia conceituam o direito, não penseis que foi supérfluo o esforço que fizeste durante os cinco anos de currículo. Semelhante simplismo é próprio dos que não são capazes de ir longe. Tudo quanto estudastes é necessário e vos  põe a coberto da frase de Holbach, "Quem só o direito estuda não sabe o direito",ou da de Lutero, "Pobre coisa é o juíz que só é jurista". De mim vos digo que quanto mais estudo, mais me convenço de que mui pouco sei. Portanto, não fecheis os livros. Mas já basta de conselhos. Vou deixar-vos entregues a vós mesmos,rogando que me perdoeis as caturrices. Sede felizes! São os votos de minha despedida. E até o próximo reencontro, onde terei a satisfação de testemunhar os vossos triunfos".


Floriano Cavalcante, exerceu as seguintes atividades: foi Advogado, Professor, Juíz de Direito, Desembargador, militante político, membro do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte e membro da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras.


Extraordinário!

terça-feira, 28 de junho de 2011

O sapo!

" O sapo não pula por esperteza, pula por medo".


Frase de Guimarães Rosa, citada pelo deputado Federal Aldo Rebelo/PCdoB/SP, durante o debate no programa Roda Viva, ontem dia 27 de junho de 2011.

E você pula?

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Dialética da natureza!

"Não devemos nos vangloriar de nossas vitórias humanas sobre a natureza. Esta se vinga de nós para cada derrotas que lhes infligimos".

Frederich Engels, na obra Dialética da Natureza.


Força de trabalho e desperdício

"O desenvolvimento capitalista tem como objetivo central o lucro máximo. Adota um sistema de produção e consumo que conduz à exploração da força de trabalho e ao desperdício".

Com esta assertiva o advogado e ex-deputado Federal pelo PCdoB de Goiás, Aldo Arantes, escreveu artigo intitulado: Meio ambiente e desenvolvimento, publicado na edição da Revista Princípios, nº83 (pág.23/26), fevereiro/março de 2006. Cinco anos após sua publicação o artigo encontra-se absolutamente atual.

No debate acerca do Código Florestal e de outras temáticas relacionadas ao Desenvolvimento e ao Meio Ambiente é um material importante de ser consultado, dada a qualidade do conteúdo e de sua atualidade.


Pelo Desenvolvimento e pelo Meio Ambiente!

terça-feira, 21 de junho de 2011

O parcelamento da terra!

Apesar dos avanços conquistados na área social, a concentração da terra no Brasil cresceu cerca de 1%, segundo dados divulgados em 2009 pelo IBGE.

1% dos grandes proprietários de terras que possuem fazendas acima de mil hectares são donas de 40% de todas as terras do país.

No mesmo artigo, a autora afirma que 75% dos alimentos produzidos e consumidos no país vem da agricultura familiar e 25% ficam por conta do agronegócio.


Conteúdo da Reforma Agrária

"A terra deve ser parcelada em forma de propriedade familiar, em regime cooperativo, com acesso ao crédito e à técnica, a equipamentos, preço mínimo, seguro agrícola, direcionada para uma agroindústria avançada, de modo a elevar a qualidade de vida dos trabalhadores e de suas famílias".


Declaração do engenheiro Agrônomo Marcelo Cardia, dirigente do PCdoB em São Paulo.



Fonte: artigo de Fabíola Perez(Reforma Agrária: enfrentar o latifúndio e democratizar o campo) publicado no portal vermelho(www.vermelho.org.br), no dia 21 de junho de 2011.

domingo, 19 de junho de 2011

Mulheres do Brasil - 33ª


Mulheres que contribuíram para a formação e o desenvolvimento do Brasil.

Mãe Benta (? - 1851) Doceira.


A lendária doceira Benta Maria da Conceição Torres, negra, viveu no Rio de Janeiro no início do século XIX. Inventou a receita de um tipo especial de bolinhos feito com ovos e açúcar, que imortalizou seu nome como parte da culinária típica brasileira.

Era mãe do cônego Geraldo Leite Bastos. Educado à custa do seu trabalho como doceira, seu filho chegou a oficia maior da secretaria do Senado.

Conta-se que, durante o período regencial, o padre Feijó costumava frequentar a casa de Mãe Benta para conversar com seu amigo, o cônego Geraldo Leite Bastos, e saborear os quitutes preparados pela habilidosa doceira. Muitos procuravam imitar os famosos bolinhos de Mãe Benta, mas as religiosas do Convento da Ajuda no Rio de Janeiro guardavam a sete chaves o segredo da receita.

O folclore em torno dos docinhos criados por Mãe Benta inclui os seguintes versinhos: " Mãe Benta, me fia um bolo?/ Não posso, senhor tenente;/os bolos são de Iaiá,/ não se fia a toda gente."

Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 30 de agosto de 1851, e foi sepultada no Cemitério São Francisco de Paula.


Fonte: José Vieira Fazenda, " D´antiqualhas e memórias do Rio de Janeiro", Revista do IHGB, nº 47, 1923.

sábado, 18 de junho de 2011

Escola especializada!

"Ter uma escola , que seja especializada para o pré-escolar, para o ensino fundamental, para o ensino médio. O que nós não desejamos, é que, não só os surdos mas também as pessoas que no dia-a-dia lidam com eles, possam ter acesso a uma escola especializada, onde ele aprende o português, mas aprende também libras. Isso não é difícil de entender. Então é isso que os surdos colocam...Eles querem....vamos dizer assim...que sejam respeitados no seu direito. Qual é a lógica disso? Acho que o principal é a família, as pessoas que lidam no dia-a-dia, compreendem da mesma forma, que eles, e os surdos que tiveram já essa oportunidade, reconhecem que isso é fundamental para sua inclusão".

Declarações do Sen. Wellington Dias-PT-Piaui.

No final de maio foi realizada uma Marcha Nacional dos Deficientes Auditivos em Brasília-DF, contra o fechamento do Instituo Nacional de Educação para Surdos. Na oportunidade sugeriram a inclusão da Língua Brasileira de Sinais-LIBRAS, no ensino fundamental, médio e básico, bem como de criação de escolas bilínguis´.

Sugeriram ainda como proposta a inclusão no Plano Nacional de Educação/PNE, a criação de escolas especializadas para surdos.


Luta coerente, oportuna e bastante necessária, pois só assim será possível efetivar direitos, e garantir o que a Constituição determina em seu artigo primeiro. A cidadania como um dos fundamentos da República.


Que os reclamos sejam ouvidos!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Imortais!

"Os membros da Academia Brasileira de Letras/ABL, são considerados imortais, devido não terem onde cair mortos".

Olavo Bilac. 


Faz sentido, num acha?

terça-feira, 31 de maio de 2011

A pureza do argumento!

" No Proerd aprendi que as drogas não são um bom caminho pra vida. Isso acontece porque contém substâncias como: THC Tetra Hidsa Cabinol e a nicotina são exemplos. Além de destruir a vida de muitos adultos, destrói  a vida de adolescentes e crianças, um exemplo de droga é a cola. Além de drogas em pedras, ou folhas, existem em líquido, como o álcool ".


Redação escrita decorrente de tarefa escolar. O autor é João Pedro Galvão Freire Paiva de França, tem 09 anos, é aluno do 5º ano do ensino fundamental.

Proerd-Programa  Educacional de Resistência as Drogas.

É significativa a contribuição do Proerd para a formação de opiniões e condutas dos alunos que tiveram oportunidade de participar. Notadamente num momento em que se discute a legalização de determinadas drogas, como é o caso atual da legalização ou não da maconha.


Parabéns João Pedro!

O brado da Guerreira!

"Ela não é a última palavra no regime democrático".

Trecho da entrevista de VILMA DE FARIA, presidente estadual do PSB/RN e ex-governadora do Estado, sobre a reação ditatorial da governadora Rosalba Ciarline/DEM, em relação a greve e o tratramento dispensado aos grevistas. Jornal Potiguar Notícias-entrevistadore: Cefas Carvalho e Pinto Júnior


É sem dúvida, uma constatação acertada.

sábado, 28 de maio de 2011

A rosa do povo!

" No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra ".

Carlos Drummond de Andrade.


Para falar em rosa(com todo respeito a Drummond), hoje/tarde, foi realizada no estádio João Machado/Machadão a solenidade de colação de grau da turma do Proerd-Programa Educacional de Resistência as Drogas, até aí tudo bem, mas quando anunciaram a presença da governadora e ela começou a falar, uma sonora vaia foi disparada da arquibancada, sentindo o clima adverso, a governadora, intitulada de Rosa, foi esperta falou duas palavras e encerrou a sua melancólica participação.

Literalmente sentiu o descontentamento de um governo que tem apenas 5 meses, e já apresenta um certo desgaste. Mas como se trata de uma Rosa vamos esperar se tem algum cheiro ainda por vir. Pois até agora o que foi exalado, tem causado um grande mal estar, notadamente entre a maioria dos servidores públicos, que inclusive estão em greve.

Registro que os cachorros do canil da Polícia Militar foram aplaudidissímos.


Borboletas e Rosas  parecem não ser boas opções para o povo potiguar.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Apaixonados!

" Os apaixonados perdem a visão crítica das coisas e das pessoas ".



Reginaldo Faria. O Dr. Leônidas de O Clone.



E a sua visão como vai? ainda existe?

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Força motriz!

"Os trabalhadores são a força motriz do aprofundamento das mudanças no país rumo ao Socialismo ".


Declaração de Renato Rabelo, presidente nacional do Partido Comunista do Brasil/PCdoB, quando da abertura  do 4º Encontro Sindical Nacional do Partido(6ª feira às 20 horas), no auditório do Teatro Salesiano, bairro de Ondina Salvador/Ba, realizado de 20 a 22 de maio do corrente.


O Encontro teve como objetivo central debater a nova política sindical do PCdoB, o fortalecimento da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil-CTB, e apontar rumos na disputa política pela hegemonia entre os trabalhadores.


Muito bem, parabéns, vamos em frente!

domingo, 22 de maio de 2011

Em teus lábios!

A tua língua em minha língua!


A tua língua em minha língua; eis
Nossas bocas firmando uma aliança..
corpos entrelaçados em uma dança.
Em um palco desnudo de vãs leis...
Da tormenta, fizemos a bonança!
Peças no tabuleiro do xadrez
Tendo o xeque-mate como herança...
E teus lábios(!), em minha boca, enfim...
Que me cortam, faca de um gume!
E desprendem odor de alecrim...
Se em teus lábios derramo meu prazer..
Em meu rosto destilas teu perfume
Na madrugada pronta p´ara morrer...



Autor: Cefas Carvalho-escritor e jornalista.


Fonte: blog do carlossantos.com.br(publicado no dia 19 de dezembro de 2010-Mossoró/RN).

sábado, 21 de maio de 2011

A cara da miséria!

Dados do censo 2010 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que a miséria tem uma cara no Brasil. Os grupos mais vulneráveis são as crianças, os indígenas e moradores de estados do Nordeste.

Na análise por cor ou raça, a maior proporção de miseráveis está entre a população que se autodeclara indígena: 40%. A taxa é bem superior à verificada nos demais grupos: 12%(pardos), 10%(pretos), 9%(amarelos) e 5%(brancos).

Outro dado significativo é a maior incidência de miséria entre crianças brasileiras. Como as famílias mais pobres têm em média mais filhos, a taxa de pobreza no grupo de 0 a 14 anos é o dobro(14%) da verificada no restante da população(7%).


Fonte: jornal Tribuna do Norte/RN, 19 de maio de 2001, pág.07.



O caminho para superar a pobreza e a miséria é o de buscar permanentemente democratizar a sociedade e combater a enorme injustiça social ainda existente, o eixo desta luta precisa adotar como diretriz para que cada cidadão tenha os mesmos direitos, condições e oportunidades para o seu desenvolvimento.

Avançar nas transformações políticas e buscar integrar o povo na construção de uma nova ordem, de natureza inclusiva e de sentimento humanista e solidário É UM DESAFIO AINDA NÃO SUPERADO. Uma alternativa viável e possível na atual quadra política é construção de um Novo Projeto Nacional e Desenvolvimento para o Brasil.

8% dos nossos brasileiros, aproximadamente 16 milhões de pessoas(dados também do IBGE), homens, mulheres, crianças, jovens e adultos, todos chagados socialmente e atingidos na sua dignidade humana pelo modelo concentrador de riquezas e excludente de direitos(sociedade capitalista) e oportunidades ainda vigente em nossa pátria.


Pelo Desenvolvimento e pela dignidade humana.

domingo, 15 de maio de 2011

A Comuna de Paris!

Ousaram tomar o céu de assalto; serão lembrados eternamente.


" Sem medir esforços, em 18 de março de 1871 os operários de Paris decidiram "tomar o céu de assalto", escreveu Karl Marx, saudando a revolução proletária vitoriosa naquele dia numa das principais capitais europeias. Foi um acontecimento histórico "sem precedentes"(como Vladimir Lênin classificou) que durou apenas 72 dias e foi afogado em sangue pelas tropas combinadas dos exércitos francês e prussiano que, tendo vencido a guerra iniciada em 1870, ocupava o território da França".


Grande feito dos operários

Foi um acontecimento sem precedentes porque, pela primeira vez na história, o proletariado tomou o poder e, alijando burgueses e latifundiários, organizou o governo e manteve-o em funcionamento para atender as necessidades de uma metrópole com aquelas dimensões.

A repressão foi sangrenta. Aliado com as tropas estrangeiras que ocupavam a França, o governo de Adolphe Thiers promoveu um massacre: em torno de 25 mil communards foram sumariamente fuzilados, escolhidos ao léu no meio da massa pelos seus algozes; 44 mil foram presos, quatro mil foram deportados e inúmeros foram condenados a penas de prisão.

" No total, escreveu Lênin, Paris perdeu 100 mil filhos, entre os quais se encontravam os melhores operários detodos os ofícios. A burguesia esta satisfeita ".


Indicaram o caminho do poder revolucionário

Os operários de Paris não conseguiram manter  o governo ante a força arrasadora dos defensores da capital. Mas indicaram para as gerações futuras o caminho da organização do poder proletário. E deixaram alguns dos símbolos mais notáveis da luta pelo socialismo, entre eles o hino " A Internacional ", adotado pelos comunistas de todos os países.


Participação das mulheres

O enganjamento das mulheres em defesa da revolução foi especialmente importante. Há vários textos mostrando a contribuição das operárias nesta gloriosa batalha dirigida pelos communards.

Deixaram lições também para o desenvolvimento da consciência de classes do proletariado. Um dos registros mais notáveis desse ensinamentos foi recolhido por Bertolt Brecht na peça Os Dias da Comuna, escrita entre 1946 e 1947.

Ao ousar tomar o céu de assalto, aqueles heróis maravilhosos, regaram com seu sangue o chão da história, e serão lembrados eternamente por isso.


Fonte: Texto de José Carlos Ruy, é historiador e membro do Partido Comunista do Brasil/PCdoB.



Viva os ideais da Comuna de Paris em seus 140 anos.

sábado, 14 de maio de 2011

Sinto um desconcerto!

" Tanto de meu estado me acho incerto ".

Camões.



Tanto de meu estado me acho incerto,
que eu vivo ardor tremendo estou de frio;
sem causa, juntamente choro e rio.
O mundo todo abarco e nada aperto.

É tudo quanto sinto um desconcerto,
da alma um fogo me sai, da vista um rio;
agora espero, agora desconfio,
agora desvario, agora certo.

Estando em terra, chego ao céu voando;
numa hora acho mil anos, e é de jeito
que em mil não posso achar uma hora

Se me pergunta alguém por que assim ando,
respondo que não sei, porém suspeito,
que só porque vos vi, minha senhora.


Luíz Vaz Camões. Lírica. São Paulo; cultrix, 1999.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Mulheres do Brasil - 32ª

Mulheres que contribuíram para a formação e o desenvolvimento do Brasil.


Catarina Laudsberg (c. 1910 - ? ) Ativista política.


Como militante do Partido Comunista do Brasil(PCdoB), participou da fundação da União Feminina do Brasil no ano de 1935.

Essa organização fazia parte da Aliança Nacional Libertadora(ANL), movimento organizado no mesmo ano. No espaço de alguns meses, a ANL teve uma extraordinária expansão, criando mais de 1.600 núcleos pelo Brasil. 

A Aliança foi uma coligação de partidos de esquerda, sindicatos e alguns tenentes, reunindo a classe média e o operariado numa numa frente contra o imperialismo e o fascismo.

As reivindicações pelos direitos da mulher também faziam parte do programa da ANL. Catarina foi uma das fundadoras do núcleos de organização das mulheres.

Estes dois movimentos estavam sob a direção dos comunistas brasileiros. Foram reprimidos pelo governo, acusados pelo chefe de polícia Felinto Muller de serem organizações financiadas por estrangeiros.

Fechada a Aliança, iniciou-se uma onde de prisões por todo o Brasil, que culminaria, em 1937, com o golpe de estado e a instauração do Estado Novo.



Fonte: Maria Amélia A. Teles, Breve história do feminismo no Brasil.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Arte social!

" A pintura atual procura o muro. O seu espírito é sempre um espírito de classe em luta. Estou com os que acham que não há arte neutra. Mesmo sem nenhuma intenção do pintor, o quadro  indica sempre um sentido social ".


Depoimento de Cândido Portinari ao jornal Folha da Noite, em 1934. Portinari posiciona-se em defesa de uma arte social, com tonalidades próprias.


Portinari, era membro do Partido Comunista do Brasil/PCdoB, tendo sido candidato a Senador da República pelo Estado de São Paulo, década de 40 do século XX, na época bem votado, dizem que a fraude eleitoral foi sua principal adversária. Diga-se que enfrentou o processo eleitoral com muita arte.

Arte social!

" A pintura atual procura o muro. O seu espírito é sempre um espírito de classe em luta. Estou com os que acham que não há arte neutra. Mesmo sem nenhuma intenção do pintor, o quadro  indica sempre um sentido social ".


Depoimento de Cândido Portinari ao jornal Folha da Noite, em 1934. Portinari posiciona-se em defesa de uma arte social, com tonalidades próprias.


Portinari, era membro do Partido Comunista, tendo sido candidato a Senador da República pelo Estado de São Paulo, década de 40 do século XX, na época bem votado, dizem que a fraude eleitoral foi sua principal adversária. Diga-se que enfrentou o processo eleitoral com muita arte.

domingo, 8 de maio de 2011

Mãe, você sabe!

Tenho um segredo guardado comigo desde quando ti conheci.
Mãe, você sabe? Acho que foi em seu ventre, quando ouvi a sua voz e o pulsar do seu coração pela primeira vez.
Mãe, você sabe? Ouvia você dizendo frases lindas que sempre encerrava com "AMO VOCÊ MEU FILHO"

Mãe, você sabe? Quando nasci você disse muitas coisa lindas. Sua voz sempre soou como melodia para os meus ouvidos e acalento para minha alma e invariavelmente sempre suas frases terminavam com um "AMO VOCÊ MEU FILHO".

Mãe, você sabe? Tive dor de barriga, tive febre, enfim, tive probleminhas que todas as crianças têm e você, mãe, sempre estava ao meu lado, cuidando de mim. Lembra mãe?
Você passava noites em claro comigo e dentre uma carícia um beijo um abraço com
carinho você dizia "AMO VOCÊ MEU FILHO".

Mãe, você sabe? Eu me sentia seguro em seus braços, me sentia a criança mais
protegida e bem cuidada do mundo. Ah! como eu adorava ser adulado por você. Mãe você sabe? Quando adolescente, mesmo quando recebia broncas suas por ter feito algo errado,
 como "enforcar" aulas, por exemplo, sentia mesmo nessas horas que me passava uma  reprimenda,
dizias: " é para o seu bem" "AMO VOCÊ MEU FILHO".

Mãe, você sabe? Eu cresci, me casei e hoje sou pai e vejo a história se repetir através
dos olhos do meu filho, tendo desta feita como personagem MÃE, minha esposa.

Mãe, você sabe? Hoje em dia, mesmo morando longe sinto sua presença constante na minha vida e quando penso em você, nas horas mais difíceis, ouço sua voz doce com o ouvido de minha alma, dizendo calma, estou com você meu filho "AMO VOCÊ MEU FILHO". Ah! como isso me faz mais forte, me sinto um super-homem e não tem problema que eu não enfrente.

Mãe, você sabe? Nada mais tenho a dizer, mesmo porque não adiantaria, porque espaço nenhum no mundo seria suficiente para redigir o que sinto, por isso quero dizer logo meu segredo:

" MÃE, VOCÊ SABE? AMO VOCÊ MINHA MÃE".


Autor: Américo Sidnei Rissato. Poesia recitada pelo aluno Fábio Pereira da Nóbrega, no último dia 04 de maio por ocasião de uma aula na pós-gradução(Gestão em Processos Educacionais) no Instituto de Formação Presidente Kennedy/RN.


È verdade, quase todas as mães são assim, ou mais que assim. Minha mãe também é assim.


Parabéns as que são e as que se fizeram mães.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Mais ou menos!

" A gente pode morar numa casa mais ou menos,
Numa rua mais ou menos,
Numa cidade mais ou menos, e,
Até ter um governo mais ou menos,
O que a gente não pode mesmo,
É amar mais ou menos,
Se a gente corre o risco de se tornar mais ou menos ".
 

Poema psicografado por Chico Xavier(médium brasileiro).


E o seu sentimento de amor, é mais ou menos?

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Para inglês ver!

" Os traficantes de carne humana tornaram-se os mais poderosos empresários do Império. Como lembrou o grande advogado negro Luiz Gama, ele próprio vendido como escravo pelo pai quando tinha apenas 10 anos, - Os carregamentos eram desembarcados publicamente, em pontos escolhidos das costas do Brasil, diante das fortalezas, à vista da polícia, sem recato nem mistério. Eram os africanos, sem embaraço algum, levados pelas estradas, vendidos nas povoações, nas fazendas, e batizados escravos pelos reverendos, pelos inescrupulosos párocos ".


Fonte: www.vermelho.org.br - Do artigo: Direitos humanos no Brasil, por dentro e por fora. Fábio Konder Comparato-Jurista-Doutor Honoris Causa da Universidade de Coimbra/Portugal.

Trata-se de um acordo firmado em 1826, entre Brasil e Inglaterra, para o cumprimento desse trata internacional, o Brasil promulgou a Lei de 7 de novembro de 1831, a qual, determinava que a partir de então, todo africano desembarcado no Brasil seria considerado livre.

Somente duas décadas e meia depois, em 4 de outubro de 1850, com a chamada Lei Eusébio de Queiroz, que impunha o julgamento dos  traficantes e compradores de africanos como contrabandistas é que veio surtir efeito o propósito da lei editada a quase 30 anos depois, desta feita não pela Clônia(Brasil) mas pelo Império de então(Inglaterra)

Diante do comportamento indígno das autoridades brasileiras, e tendo em vista a iminente expiração do tratado de 1826, o parlamento britânico votou em 1850, a chamada Bill Aberdeem, pelo qual, reiterando-se a qualificação do tráfico negreiro como pirataria, foi assim autorizado o apresamento, até mesmo em águas brasileiras, dos tumbeiros e de sua carga, com o julgamento da tripulação pelas Cortes do Almirante em Londres.

Daí nasceu a famosa expressão: PARA INGLÊS VER em se tratando de uma Lei que é apenas letra morta, ou seja, não tem valor nenhum, juridicamente falando sem efetividade.


Ainda tem muita coisa e também certas Leis que é para...........................verdade?

domingo, 17 de abril de 2011

Florescendo!

" Sou um homem dissolvido na natureza. Estou florescendo em todos os ipês. "

Carlos Drummond de Andrade.


Sobre a relação da vida com a natureza, só é possível no planeta terra, que a preservemos em toda sua plenitude. Diferente do que alguns pensam e se comportam, e até ensinam, transmitem, ela é viva, e sente as dores e as contorsões da destruição cotidiana decorrente do modo de produzir predatório(capitalista)e também do modo de consumir, de regra exagerado.


Que apenas, não só façamos peso sobre a terra.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Araguaia: de homens e de mulheres!

Araguaia(Para Glênio Sá)


Odes libertárias pássaros cantam,
Celebram porvir d´aurora sagrada,
Sob a vermelha tez ressuscitada,
Os frutos maduros se desencantam.

Heróicos brados guerreiros se imantam,
Nas selvas epopéia eternizada,
As raízes da alma sacrificada,
Nas florestas dos ideais se implantam.

Cartas, périplos dos sonhos reais,
Postos nos confidentes castanhais,
São condecorações aos nossos brios.

Araguaia de lendas e segredos,
O sangue desse tão nobre degredo,
Inda flui na corrente de teus rios.

Poesia de Manoel Azevedo - poeta potiguar e militante do PCdoB.


Um Partido Vivo

12 de abril de 1972. Região Norte. Sul do Pará. Iniciava-se A Guerrilha do Araguaia, organizada e comandada pelo Partido Comunista do Brasil/PCdoB, que irresignado com o golpe militar de 1964 e a consequente quebra das regras do Estado Democrático de Direito, lança-se com as condições e meios próprios e possíveis naquela ocasião da luta em defesa das liberdades do povo e da restauração da democracia em nosso país.

A Guerrilha foi a resistência armada de maior repercussão no combate ao regime de excessão instaurado pelos militares. Enfrentamento justo, oportuno na quadra política em que foi gestada e desenvolvida, no entanto, extremamente desigual em meios, condições e contingentes.

O Araguaia continua pulsando e seus lutadores e lutadoras continuam vivos no ideal das mudanças e transformações buscadas todos os dias, em todas as frentes de luta, as armas de hoje são de outros tipos, mas os objetivos permanecem os mesmos, renovados e atualizados de acordo com as exigências de nossa época.


Um Partido de lutas

Ao mortos e sobreviventes da Guerrilha nossas homenagens, reconhecimento cívico aos lutadores de uma causa de natureza patriótica e de significado revolucionário.

Dos homens e das mulheres Guerrilheiras, João Amazonas, Ângelo Arroio, Helenira Resende, Osvaldão, Maurício Grabois, Dinaelza Coqueiro, dentre tantos outros, um abraço afetuoso e de profundo recordar ao camarada Glênio Sá, potiguar de Caraúbas, que perfilou-se numa das colunas junto ao povo para defender o Brasil e combater a ditadura.

As vidas ceifadas e o sangue jorrado na Guerrilha serviram também para educar uma geração de homens e mulheres comprometidos com a democracia, com a luta pelo socialismo e a construção de um Partido Comunista frondoso como as árvores que abrigaram os guerrilheiros nas noites frias e nos dias quentes das batalhas do Araguaia.

A melhor forma de homenagear os Guerrilheiros e as Guerrilheiras e rememorar a Guerrilha é continuar a luta em defesa de um Brasil próspero, soberano, desenvolvido e de profunda inclusão social, ambiental e econômica. Continua posto o desafio de construir um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento para o Brasil.


Um gesto simbólico

Nos dias 15, 16 e 17 próximo, estará sendo realizado o 7º Encontro Nacional sobre Questões de Partido, em São Paulo/SP, lá estarão os de ontem e os de hoje, que se somarão aos de amanhã, para em um futuro bem próximo buscar um novo mundo e a construção de uma nova sociedade.

A data do encontro é simbólica, como simbólico foi o gesto de João Amazonas que antes de falecer pediu que suas cinzas fossem derramadas nas selvas do Araguaia, como forma de se reencontrar com os seus camaradas que tombaram naquela luta, muitos ainda não localizados.

Em 2012, o Partido Comunista do Brasil completará 90 anos de existência, e com certeza a Guerrilha do Araguaia será lembrada como um marco histórico de suas lutas em defesa do Brasil e de nosso povo.

Plantar o PCdoB em todas as lutas e movimentos do nosso povo é um desafio também de natureza revolucionária, como outrora foi a Guerrilha do Araguaia.



Araguaia, presente!

domingo, 10 de abril de 2011

Desenvolvimento: Rios e Florestas!

"Urge que assumamos o dever de lutar pelos princípios éticos fundamentais como o respeito à vida dos seres humanos, à vida dos outros animais, à vida dos pássaros, à vida dos rios e das florestas.

Não creio na amorosidade entre mulheres e homens, entre os seres humanos, se não nos tornamos capazes de amar o mundo. A ecologia ganha uma importância fundamental neste fim de século. Ela tem que estar presente em qualquer prática educativa de caráter radical, crítico ou libertador.

Neste sentido me parece uma contradição lamentável fazer um discurso progressista, revolucionário, e ter uma prática negadora da vida. Prática poluidora do mar, das àguas, dos campos, devastadora das matas, destruídora das àrvores, ameaçadora dos animais e das aves ".


Paulo Freire, em um de seus últimos escritos(2000)-Educar para a Sustentabilidade-uma contribuição à Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável.Editora e Livraria Instituto Paulo Freire, pág.15.


O Brasil dentre seus vários desafios se defronta com a possibilidade de retomar em profundidade uma agenda baseada num processo de desenvolvimento integrado, oportunizando pessoas e preservando o meio ambiente e suas riquezas naturais, que não são poucas, há uma diversidade extraordinária, ainda pouco conhecida e explorada. 


O Código Florestal

O momento é bastante oportuno, diria até favorável aos nossos interesses de nação soberana, diferenciada geopoliticamente, é o país mais importante da América Latina, sob vários aspectos. É tanto que, a proposta de modificação do Código Florestal, em tramitação na Câmara dos Deputados relatada pelo deputado Federal Aldo Rebelo/PCdoB-SP, tem gerado controvérsias diversas, fruto de interesses contraditórios que abrangem toda vida nacional.

Registre-se, que o deputado Aldo Rebelo mesmo com todo conhecimento e capacidade de diálogo tem enfrentado toda sorte de argumentos, muitos deles totalmente desprovidos de qualquer senso de interesse público, e de conhecimento da matéria em discussão. Cumprem apenas interesses contrários ao nosso projeto de desenvolvimento, que relegam pessoas, comunidades e o próprio país a uma situação de subalternidade em relação as demais nações competidoras de nossas riquezas naturais. Sem um código atualizado e em sintonia com os interesses do nosso desenvolvimento, podendo comprometer a possibilidade do alcance da cidadania, que sem dúvida ficará mais distante, ou mesmo, até impossível, pelo menos a médio prazo.


Sustentabilidade e cidadania

A reforma do Código é um presságio de que há interesses muito fortes, abertamente contraditórios, com finalidades outras, não só de preservação da natureza como se quer apresentar por algumas correntes, mesmo que fosse, estes não estão dissociados de uma agenda mais ampla, sobretudo de natureza desenvolvimentista.

Sustentabilidade não é incompatível com desenvolvimento, preservação, condições de vida dígna, preservação  da diversidade, soberania nacional e disputa de mercados.

Daí decorre a necessidade do Brasil se inserir sustentavelmente e soberanamente em escala planetária em um mundo em permanente disputa e cada vez mais degradado pelo modo de produção capitalista e de consumismo extravagante.


Desenvolvimento: preceito constitucional

Construir um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento poderá ser uma alternativa avançada para buscar a afirmação do Brasil como nação soberana, próspera material e culturalmente, desenvolvida e verdadeiramente inclusiva, tanto do ponto de vista econômico como social. Só assim, será possível alcançar o objetivo da construção de uma sociedade livre, justa e solidária, cumprindo o disposto no inciso I, do artigo 3º de nossa Constituição Federal, que trata dos  fundamentos de nossa República Federativa.


Viva o Brasil!